Para aqueles que ainda não souberam: nosso filho, nas ultimas semanas, adquiriu uma doença rara, nos fazendo perder completamente a direção das nossas vidas. Abalados com essa notícia, fizemos o que estava ao nosso alcance para levar a gravidez mesmo com essa enfermidade, para ter nosso filho nos braços do jeito que viesse. Entretanto, o Gael era muito novo e não resistiu a intensidade da doença e teve sua morte intrauterina.
Ficamos esses dias internado na Santa Casa para a retirada do corpo do nosso filho de dentro de ventre da mãe, e esses foram os momentos mais dolorosos das nossas vida. Um por saber que nosso, já amado filho, não sairia vivo e também por não transparecer nenhuma fraqueza para o outro companheiro. Foi uma batalha árdua, mas que teve seus bons frutos.
Sim, pois é no momento mais difíceis que as pessoas se mostram valorosas. Pois foi nesse momento que percebemos o quão forte as pessoas devem ser para o bem do próximo. O quanto a gente se sacrifica para diminuir a dor do outro; o quanto nos aproximamos nesse momentos tão doídos; o quanto que lutamos para que cada um saísse com o menor numero de feridas.
Foi muito difícil, aparentemente impossível, mas conseguimos. Não sozinhos, claro. Com a ajuda de familiares e amigos queridos, conseguimos no meio de tudo dividir esse enorme fardo. E com a ajuda de suas orações e preces - que tenho certeza que foram atendidas pelos céus - , esse momento findou tão breve quanto ele surgiu.
A dor ainda persiste... Mas jamais seremos os mesmos depois de tudo isso, pois temos a certeza que demos o nosso melhor, para o nosso filho.
Obrigado a todos!"
Texto: Wendeel Palheta
Eu não tenho palavras para descrever a experiencia que passamos. Atravessamos algumas noites em um hospital, um parto normal, tristeza, dor (muita dor). Penso comigo em todas as outras mães que também perdem seus filhos em situações como essa que tive, perder meu menino para uma doença que eu nem sabia que existia, mas existiu e ela mata. Mata em quase todos os casos, mas mesmo assim nos agarramos aquele quase 3% de chances do nosso filho ser um milagre.
O que não vimos foi o milagre que ele acabou fazendo mesmo ele existiu, seu coração bateu, ouviu nossas vozes, o papai tocando "Quando você crescer" e a mamãe tocando Bach, ouviu as tias falando primeiro com ele e depois com a mamãe (kkk), mexeu para as duas vovós gritarem e deu muito trabalho para a mamãe segurar algo no estômago.
Ele foi o milagre das nossas vidas e nunca vai se apagar
Obrigada.
O que não vimos foi o milagre que ele acabou fazendo mesmo ele existiu, seu coração bateu, ouviu nossas vozes, o papai tocando "Quando você crescer" e a mamãe tocando Bach, ouviu as tias falando primeiro com ele e depois com a mamãe (kkk), mexeu para as duas vovós gritarem e deu muito trabalho para a mamãe segurar algo no estômago.
Ele foi o milagre das nossas vidas e nunca vai se apagar
Obrigada.
"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo." - José Saramago"
Texto: Brenda Karoline
Texto: Brenda Karoline
Comentários
Postar um comentário